Parvana é uma garota que mora com a família em um apartamento muito pequeno, seu pai, mãe, e mais três irmãos. O fator principal para esse livro ser escrito é que, como o Afeganistão é controlado pelos Talibãs, as regras são muito claras em relação às mulheres do país. Simplesmente ela não podem sair de casa sem a companhia de um homem, elas não podem entrar em nenhum tipo de comércio, elas não podem falar com liberdade e devem usar a burca, que é aquela espécie de capa que esconde o rosto das mulheres (um fino véu).
Já nos primeiros capítulos do livro, o pai de Parvana - responsável pelo sustento da família - é preso pelos talibãs. Aí começam os grandes problemas. "Quem vai sustentar a família?" Essa é a maior preocupação, porque as mulheres não podem trabalhar, é simples: mulheres sem um homem morrem! Até que uma amiga da mãe de Parvana, a sra. Weera, tem uma ideia, vestir Parvana de menino para que ela possa trabalhar e comprar alimentos necessários para sustentar a família. A garota aceita.
Agora Parvana virou Cassim, e ela começa a trabalhar numa espécie de feira, tentando vender o que seu pai vendia, e lendo cartas, coisa que seu pai também fazia. O pai de Parvana era muito inteligente, ele formou-se na Inglaterra e trabalhava lendo cartas e escrevendo para as pessoas comuns e para alguns talibãs, por isso ele foi preso, ele sabia das coisas.
Parvana vai passar por muitas situações, vai conseguir vender seus produtos, vai trabalhar, e vai continuar sendo amiga(o) de uma outra garota que também fez o mesmo que ela - "rapou" o cabelo e foi trabalhar para alimentar a família.
Esse livro nos passa a mensagem e nos narra pelo quê os afegãos passam na realidade deles. Ladrões têm suas mãos decepadas, mulheres sofrem abusos, crianças morrem, pessoas passando fome, e muitos outros problemas. É uma daquelas histórias "indicadas pela tia da biblioteca". Não é uma super escrita, é tudo muito simples, mas eu não me arrependo de ter lido esse livro, recomendo sim. Outra coisa: A Outra Face foi um livro que lembrou-me muito o livro Cidade do Sol, do Khaled Hosseini, que também é afegão e escreveu histórias querendo transmitir a realidade daquele país. Eu só acho que o final foi muito forçado, pois foi uma espécie de "viveram felizes para sempre", ficaria muito melhor se a autora tivesse incrementado o final do livro com algo mais marcante.
P.S. Esse é o livro da prova do meu colégio, então quero aproveitar a oportunidade para mandar um abraço para todos os meus colegas do 9º Ano, nós que estamos nos formando :)
